E hoje apresentamos mais um novo Syrah desta vez do Tejo, Santo Estevão, Benavente e do ano de 2013! Esta é a segunda colheita deste Syrah. A primeira tinha acontecido em 2011!
É sempre com um especial “brilhozinho nos olhos” que damos conta de um novo Syrah e ainda por cima de qualidade! Apesar de 2013 tem uma longa evolução pela frente!
As notas de prova dizem-nos que “Apresenta uma cor granada profunda e um aroma intenso com evidência de pimenta preta, caixa de tabaco e algum cassis em perfeita harmonia com a tosta de carvalho. Na boca mostra concentração, frescura e elegância apresentando os taninos bem polidos e de boa qualidade.”
O produtor é o Rui Alegre e o enólogo é o conhecido Filipe Sevinate Pinto. A graduação alcoólica é de 14,5% e foram produzidas 3300 garrafas!
A Alegre – Sociedade Agricola situa-se no coração de Santo Estevão, Benavente, desenvolvendo actividade agrícola em 68 hectares.
A vinha, com 8 hectares, vem sendo plantada, desde 2009, em condições particulares capazes de proporcionar um terroir de características únicas, tornando Santo Estevão numa nova “sub-região” produtora de vinhos.
As castas predominantes são as Syrah e Touriga Nacional a que se juntaram, mais tarde, as Alicante Bouschet, Petit Verdot, Cabernet Sauvignon, Tinta Francisca e Sangiovese. Nas castas brancas prevalecem, a Arinto, o Verdelho e Sauvignon Blanc.
Com o objectivo de potenciar a qualidade das uvas, limitando a produção, procede-se à poda em verde, à monda de cachos, ao enrelvamento na entre-linha e à rega gota-a-gota.
A vinificação é em adega própria, circundada pela vinha, com desengace, esmagamento e corte em lagar de granito e fermentação em cubas de inox, a temperatura controlada, e, parte, em barricas.
O estágio é feito em cubas de inox e em barricas de carvalho francês ao que se segue um estágio, em garrafa, no mínimo, de cinco meses.
Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa nas “Odes” escreveu:
‘Não só vinho, mas nele o olvido, deito
Na taça: serei ledo, porque a dita
É ignara. Quem, lembrando
Ou prevendo, sorrira?
Dos brutos, não a vida, senão a alma,
Consigamos, pensando; recolhidos
No impalpável destino
Que não ‘spera nem lembra.
Com mão mortal elevo à mortal boca
Em frágil taça o passageiro vinho,
Baços os olhos feitos
Para deixar de ver.’
Lemos este poema e bebemos uma taça do Marufa do Tejo de 2013!
Classificação: 17/20 Preço: 10,90€