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Investir em Syrah!

Um em cada cinco investidores gasta a sua fortuna em hobbies, estando, entre eles, coleccionar vinhos, segundo um relatório do Lloyds Bank britânico, que da nossa parte seria Syrah, obviamente. Estima-se que gastem, em média, 13,5 milhares de libras por item de colecção (carro, cavalo, garrafa de vinho, etc), sendo que um de cada 10 entrevistados mostrou-se disposto a pagar mais de 50 mil libras.

A categoria de “investimento” mais popular é a joalheria e a mais dispendiosa é a de carros clássicos, com 34,5 mil libras gastas em média por veículo. Logo depois dos carros vêm as antiguidades e a terceira com maior gasto são os uísques.

Os vinhos aparecem em sétimo lugar, atrás ainda de moedas, itens de arte e selos, com média de 20,3 mil libras empenhadas por caixa de vinho.

Diferença entre degustação Vertical e Horizontal

Qual o objectivo destas duas maneiras de ver a questão?
Na vertical procuramos identificar as influências do clima e da evolução no mesmo Syrah de safras diferentes, na horizontal as comparações podem ser um pouco mais abrangentes.

Na degustação horizontal, a mais interessante, tenta-se seleccionar  Syrah de uma mesma safra, de uma mesma região vitivinícola e de um mesmo estilo. Por exemplo, podemos seleccionar rótulos de de 2016 de diferentes produtores do Alentejo. Desta forma, podemos comparar diferenças de vinificação e subtilezas de terroir entre Syrah produzido no mesmo ano. Provas horizontais geralmente ajudam a identificar diferenças específicas nos estilos de vinificação ou ainda aprender a reconhecer características de uma região ou de um estilo. Elas costumam ser as preferidas das confrarias de vinho, que escolhem alguns temas de degustação horizontal. Uma brincadeira interessante de fazer para variar é uma prova em que a comparação dos vinhos deve ser feita de acordo com a harmonização, ou seja, quais vinhos combinam melhor com um determinado prato sugerido.

Syrah não falta, felizmente, para fazer experiências!

Um copo de vinho a mais custa-lhe meia hora de vida?

Um novo estudo vem contrariar os efeitos benéficos do consumo moderado de álcool. Em Portugal, bebe-se quase o dobro do recomendado. Beber mais do que um copo de álcool por dia é tão nocivo quanto fumar. Esta é a conclusão de um novo estudo, publicado na revista científica The Lancet, que diz ainda que um copo extra de vinho (ou de outra bebida alcoólica) pode retirar-lhe meia hora de vida.

O artigo defende que não se deve ingerir mais do que os cinco copos de vinho padrão de 175 ml (ou 2,5 litros de cerveja), uma vez que este é mesmo o limite máximo de segurança. Beber mais do que a dose recomendada aumenta o risco de acidente vascular cerebral, aneurisma, insuficiência cardíaca e morte. Os riscos são maiores em função da idade: para uma pessoa de 40 anos beber acima do limite diário recomendado é o mesmo que ser viciado em nicotina, defende um dos cientistas que participou no estudo.
“Acima de duas unidades por dia, as taxas de mortalidade aumentam”, disse David Spiegelhalter, da Universidade de Cambridge, citado pelo The Guardian.
Ou seja, se uma pessoa de 40 anos beber mais do que quatro unidades por dia – o equivalente a beber três copos de vinho – tem aproximadamente menos dois anos de expectativa de vida, o que representa cerca de 20% da sua vida restante. “É como se cada unidade acima das directrizes tirasse, em média, cerca de 15 minutos de vida, quase o mesmo [tempo de vida que é retirado por] um cigarro”, explicou o cientista.
A recomendação é para que os países com consumos de álcool mais altos (quase o dobro) – como Portugal, Espanha e Itália – reduzam o consumo diário para três copos de vinho diários, no máximo.

O estudo baseou-se em dados de cerca de 600 mil consumidores actuais incluídos em 83 estudos realizados em 19 países. Cerca de metade dos participantes revelaram que bebem mais de 175 ml de álcool por semana e 8,4% admitiram consumir mais do que o triplo dessa quantidade – que é de cinco a seis copos de vinho. “Este estudo deixa claro que, no geral, não há benefícios para a saúde com o consumo de álcool, o que geralmente acontece quando as coisas parecem boas demais para serem verdadeiras”, sublinha David Spiegelhalter.

O professor Jeremy Pearson, diretor médico associado da Fundação Britânica do Coração, que financiou parcialmente o estudo, chamou-o de “um grave alerta para muitos países”.
Tony Rao, professor convidadono King’s College, em Londres, afirmou que o estudo “destaca a necessidade de reduzir os danos relacionados ao álcool em baby boomers, uma faixa etária atualmente em maior risco de aumento do uso indevido de álcool”. Num comentário na revista The Lancet, os professores Jason Connor e Wayne Hall, do Centro de Pesquisas sobre Abuso de Substâncias Juvenis da Universidade de Queensland, na Austrália, preveem que a sugestão de reduzir os limites de consumo recomendado irá enfrentar a oposição da indústria.
Indústria do álcool vai dizer que consumo recomendado é “impraticável”, vaticinam cientistas
“Os níveis de bebida recomendados neste estudo serão, sem dúvida, descritos como implausíveis e impraticáveis pela indústria do álcool e outros opositores das advertências de saúde pública sobre o álcool. No entanto, os resultados devem ser amplamente divulgados e devem provocar um debate público e profissional informado”, disseram.
A BBC, cita o mesmo estudo, e faz as contas em termos de meses de vida, revelando que a ingestão de cinco a dez bebidas alcoólicas por semana pode reduzir o tempo de vida em até seis meses.
Por cada 12,5 unidades de álcool semanais, aumenta o risco de:
Acidente vascular cerebral em 14%
Doença hipertensiva fatal em 24%
Insuficiência cardíaca em 9%
Aneurisma da aorta fatal em 15%
O consumo de álcool tem sido associado a um risco menor de doença cardíaca, mas os cientistas alegam que esse benefício foi “inundado” pelo aumento do risco de outras formas da doença cardíaca.

Portanto já sabemos que é difícil beber Syrah com moderação, mas esse é de facto o caminho certo!

Mais uma cifra para recordar!

O discurso continua a ser o mesmo, o milhão da dita Santa Casa continua a passar-nos ao lado, mas os visitantes deste vosso Blogue continuam a vir cá sem parar.

Este triplo Milhão hoje em efeméride tem a ver mais uma vez com a nossa alegria por termos atingido três milhões de entradas no Blogue do Syrah, segundo o nosso singelo contador que regista todos os cliques feito nas nossas páginas de artigos e novidades.

Portanto um enorme e sentido agradecimento a todos os leitores e simpatizantes que, com regularidade, nos visitam.

Como curiosidade, referimos que foram precisos cerca de 2 anos para atingirmos o primeiro milhão de visitantes, 1 ano para chegarmos aos dois milhões…
e agora, em pouco mais de 6 meses depois, estamos nos três milhões!

Vamos continuar com o mesmo entusiasmo a fazer esta caminhada pelo mundo maravilhoso do Syrah português em direcção ao quarto milhão!

Bem hajam todos!

Fraude no Rhône

Segundo um relatório da DGCCRF (Direção Geral da Política de Concorrência, Defesa do Consumidor e Controle da Fraude) em França, entre Outubro de 2013 e Junho de 2016, Raphaël Michel, um comerciante de vinhos a granel no Vale do Rhône, vendeu o equivalente a 13 piscinas olímpicas de vinho de mesa como se fossem de denominações clássicas dessa região do sul da França. Entre elas 108.000 caixas de Châteauneuf-du-Pape.

De acordo com o relatório da DGCCRF, entre 2013 e 2016, o comerciante vendeu cerca de 20 milhões de litros de vinho de mesa – o equivalente a 2,23 milhões de caixas – como vinhos de denominações famosas, como Côtes du Rhône, Côtes du Rhône-Villages e Châteauneuf-du-Pape. “No total, a fraude atingiu mais de 48 milhões de litros de vinho, o equivalente a 5,33 milhões de caixas de vinho falso, 15% da produção da Côtes du Rhône durante esses anos”, afirmou o relatório.

Em 27 de Junho de 2017, o presidente da Raphaël Michel, Guillaume Ryckwaert, e outros directores foram levados sob custódia. Dois dias depois, Ryckwaert foi acusado de fraude, mas libertado sob fiança e proibido de trabalhar na empresa. Ele nega as acusações.

Ryckwaert era considerado um prodígio do mundo do vinho a granel. Raphaël Michel possui operações significativas em Provence, Languedoc- Roussillon, na Argentina e no Chile.
A empresa também é dona de uma enorme plataforma de vinhos na Itália chamada Oenotria-Cluster, que armazena vinhos a granel de diferentes variedades e qualidades de nações do Novo Mundo, como Chile, Austrália e África do Sul, e actua como um balcão único para compradores internacionais. No ano passado, após a prisão de Ryckwaert, a empresa registou dívidas de 20 milhões de euros e buscou protecção dos tribunais de falências.

Mas em Portugal todo o Syrah é genuíno e verdadeiro, portanto vamos beber com orgulho e confiança o que é nosso!

Luta de Classes e Syrah

Estudo publicado pela PLOS Medicine examinou mais profundamente a relação entre vinho e saúde através de uma visão sócio-económica. Os dados foram analisados com base na população da Noruega. Os investigadores analisaram os hábitos de consumo e o status de mais de 207.000 adultos de 1987 a 2003, categorizando os dados pela frequência de consumo de álcool, e criaram três classificações de posição: baixa, média ou alta. Em seguida, calcularam o risco de doença cardiovascular para cada grupo, descobrindo assim que o consumo moderado e frequente (beber álcool duas a três vezes por semana) foi associado a um risco menor de doença cardiovascular do que o consumo pouco frequente (definido neste estudo como menos de uma vez por mês). Esse benefício foi significativamente mais pronunciado entre aqueles com melhor condição social.

A análise também mostrou que o consumo muito frequente (quatro a sete vezes por semana) está associado a um maior risco de morte por doença cardiovascular, mas apenas entre os participantes com baixa posição socio-económica. Aqueles nas categorias média e alta não apresentaram maior risco.

O estudo norueguês discute as diferenças de estilo de vida entre classes como uma possível explicação. Diz-se, por exemplo, que as pessoas de posição mais alta podem ser mais propensas a consumir álcool durante a refeição, o que é considerado mais saudável do que beber sem a companhia de alimentos. Outras explicações comuns incluem mais conhecimento sobre vida saudável e acesso a melhores cuidados de saúde. “O consumo compulsivo foi associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares em todos os grupos de posição sócio-económica. Portanto, independentemente da posição social, os bebedores compulsivos têm maior risco em comparação com aqueles que não bebem compulsivamente”, disse Eirik Degerud, do Instituto Norueguês de Saúde Pública.

Em relação ao nosso Syrah, há para todas as bolsas, ricos e pobres só ficam a ganhar, saúde, inclusive, com o seu consumo. Vamos a isso!